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Saída de Novaes não reverte projeto de privatização do Banco do Brasil

Publicado em Banco do Brasil
Saída de Novaes não reverte projeto de privatização do Banco do Brasil

Resumo da matéria

  • O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, entregou carta de renúncia;

  • Novaes alegou que motivo é a necessidade de o banco se renovar;

  • Coordenador da CEBB, João Fukunaga, diz que Novaes já vai tarde;

  • Mas, para Fukunaga, todos os postulantes são representantes do mercado e tocarão o projeto de privatização do banco;

  • Sob o comando de Novaes, o BB cometeu diversos deslizes.

 

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O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, entregou sua carta de renúncia ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O banco divulgou a informação aos investidores no dia 24 de julho em um “fato relevante”. Segundo o comunicado, o que motivou o pedido foi a necessidade de o banco se renovar “para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.

“Todos sabemos da importância que o Banco do Brasil tem para a sociedade e de sua capacidade para atender as demandas que lhes são colocadas. Mas, Novaes não acreditava neste potencial, ou sabia da capacidade do banco e foi colocado no posto justamente para miná-lo. Seja por um motivo ou por outro, jamais deveria ter assumiu o cargo”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Mas, sabemos também das intenções do ministro da Economia (Paulo Guedes) de privatizar o banco. Por isso, apesar de Novaes já ter ido tarde, não podemos esperar algo melhor de quem o substituirá. Todos os postulantes ao cargo são representantes do mercado e também defendem a continuidade do desmonte para forçar a privatização do banco”, completou.

Fukunaga lembrou ainda das declarações de Paulo Guedes durante a famosa reunião ministerial, na qual o ministro disse que, apesar de ter um liberal na presidência do banco, não conseguia rumar para a privatização e tampouco fazer o controle das taxas de juros.

Outros deslizes
Sob o comando de Novaes, o Banco do Brasil cometeu vários deslizes. Patrocinou jantar nos Estados Unidos para homenagear o presidente Bolsonaro, mesmo depois de várias empresas terem cancelado o patrocínio; promoveu ascensão meteórica do filho do vice-presidente, Hamilton Mourão; proibiu anúncio do banco voltado ao público jovem, com a suposta alegação de que o filme publicitário utilizava atores homossexuais e usuários de drogas e isso poderia prejudicar a imagem do banco; cancelou o patrocínio a sites que supostamente veiculam notícias falsas após denúncia pelo Sleeping Giants Brasil, voltou a patrocinar o site após intervenção do vereador Carlos Bolsonaro e voltou a ter os anúncios cancelados por determinação do TCU.

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